sexta-feira, 21 de setembro de 2012

"V.I.L.I." (Chapter II)


Saguão do Aeroporto

Tudo aconteceu muito rápido. Três horas antes estava em casa jogando uma partida de Pro Evolution Soccer 2012 no seu PS3. Agora, estava em um saguão de aeroporto, com um o homem que tinha batido à sua porta com uma carta emitida pela Casa Branca. Foi tudo muito rápido. Subiu para o quarto para arrumar malas. Deu uma rápida olhada na internet para saber como estava à temperatura de Washington D.C. Colocou poucas roupas, esperava não passar muito tempo por lá, tinha sua pesquisa e um vestibular se aproximando. Bolsa pronta, foi tomar um rápido banho. Vestiu uma calça casual e escolheu uma camisa do Capitão América para vestir e saiu de casa.

Agora, lembrando como tudo ocorreu rapidamente, percebeu que não tinha avisado a ninguém que estava saindo da cidade em direção ao aeroporto da cidade vizinha para poder encontrar com o presidente dos Estados Unidos da América. Retirando seu iPhone 4S que tinha ganhado recentemente junto a medalha da olímpiada norte-nordeste de química, ligou primeiro para um amigo da pesquisa de robótica e pediu para avisar ao professor-orientador que não poderia aparecer amanhã ao laboratório. Ligou para sua mãe, que ainda estava na igreja – ela era uma das responsáveis sobre a parte administrativa da igreja. Ficou orgulhosa em saber que o filho estava indo encontrar com o governante do país. Quando desligou o telefone, viu que o Agente Walker estava o observando. Sentindo-se com a privacidade invadida, se levantou e foi em direção a janela para fazer o seu último telefonema. Não sabia ao certo o porquê de fazer ele, mas fez. Ligou para a sua, então, ex-namorada. Tinham acabado o relacionamento recentemente. Ela fez parte de quase todas as conquistas da sua vida e por isso se sentiu uma vontade de compartilhar isso com ela. Só chamava. Quando levantou a visão do iPhone e olhou pela janela. Lá fora, observou um Lexus RX-350 preto que se aproximava.

Olhou por cima do ombro e viu o Agente Walker sentado no lugar onde o tinha deixado, estava muito entretido com o jogo do New York Jets que estava passando em uma tevê do saguão. Olhou de volta para o Lexus. Do lado do motorista saiu uma cópia quase idêntica de Agente Walker, terno preto e cabelo militar, só um pouco mais baixo. Do lado do passageiro saiu um homem. Forte, alto e cabelos escuros. Tinha entorno dos seus 26 anos e pelas roupas que usava e o capacete que trazia embaixo do braço esquerdo, era um engenheiro civil e vinha direto do trabalho. Pelo visto, não tiveram o mesmo tempo para arrumarem suas coisas. Tentou pela última vez fazer a ligação. Só chamava.
  
“Din-Dong”. E esse foi o aviso que os portões para o seu avião já estavam aberto. Guardou o celular, foi em direção ao o agente Walker que estava cabisbaixa por o seu time, NYJets, estar perdendo o jogo. Pegou sua bolsa e colocou a mão no bolso da calça que estava o celular, ainda tinha esperanças de conseguir falar com ela, mas nenhum sinal de retorno. Foi em direção ao portão de embarque, entregou a passagem e entrou na rampa de acesso ao avião...


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